[...] perguntei o que exatamente ele queria dizer com “antidisciplinar”. Seria algo mais formal, no sentido de que o conhecimento não se organiza mais em disciplinas específicas? A resposta surpreendeu. Joi disse: “Sim, é isso. Mas é também como ouvir rock’n’roll – a necessidade de questionar a autoridade, de pensar por si mesmo”.
Para ele, a academia precisa espelhar cada vez mais a estrutura da internet: aberta e descentralizada, com fronteiras porosas em que a distinção entre quem ensina e quem aprende perde o sentido.
[...]
Outro exemplo desse pensamento é a crítica sobre como a academia dissemina suas ideias, ainda presa à noção de “publicação” por meio de artigos em revistas acadêmicas, e livros técnicos, que no fim pouca gente lê.
[...]
'[...]Os velhos canais acadêmicos não são bons para gerar atenção, financiamento, pessoas ou impedir que você se torne obsoleto. Quando a academia é aberta, é mais provável que apareça alguém para trabalhar com você do que para competir com você'.
[Itálicos meus]
Ronaldo Lemos
escreveu há pouco tempo sobre o "
radical, mas brilhante" Joi Ito e como a academia tem enormes dificuldades de dialogar com o restante da sociedade. Parece cada vez mais claro que repetir os procedimentos antigos, que sempre deram certo, hoje em dia é apenas criar novos erros.
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