A dicotomia entre a pecadora e a santa, entre a mulher que encarna as urgências da carne e a pureza da divindade, aquela que se entrega aos prazeres e depois se arrepende deles – essas ambiguidades configuram o mito de Madalena. Em À Procura do Tempo Perdido, elas se projetam sobre a mãe que cede aos caprichos do filho, o filho que não quer ser separado da mãe, a mãe que desiste de lhe impor as normas da boa educação, o filho que não irá superar o drama edipiano. E juntos eles acompanham o relato do incesto de outra Madalena, a mulher do moleiro criada por George Sand.Mario Sergio Conti faz um belo ensaio sobre a obra máxima de Proust e um dos seus principais elementos que libertam a memória do protagonista: a madeleine.
domingo, 27 de janeiro de 2013
As várias Madalenas de Proust
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