Essa foto, se eu não me engano, é de 2008, outro ano insuportável, mas poderia ter sido de semana passada |
Mas... [e aqui eu percebo e admito uma das minhas características: sempre mostrar outros lados da mesma questão] será que não daria para os governantes tentarem ajudar àqueles que não se empolgam muito com as altas temperaturas?
Vista de um dos palácio de Udaipur, usando o óculos à guisa de filtro. |
Em Nova Iguaçu, andei um espaço de menos de 500 metros e senti essa energia [negativa] pesada, como se a atmosfera tivesse aumentado de peso e eu, perdido minhas forças. Como se eu estivesse dentro de um forno, cozinhando em banho-maria. A umidade é o que torna a nossa sensação térmica pior. Mas não é só isso. A combinação de asfalto [que absorve a energia térmica], saídas de ar-condicionado nas lojas [que chupam o calor de dentro dos ambientes e o joga para fora - para a calçada] e falta de árvores [que ajudam a absorver a quentura], aumentava ainda mais a sensação infernal.
Como não é possível tirar o asfalto, ou acabar com os ar-condicionados, poderíamos, ao menos, incentivar o plantio de árvores em todas as áreas cinzentas-escuras. O Rio ainda é uma cidade bem verde, com uma floresta particular para chamar de sua, com ruas cheias de copas altas, mas, imagino, poderíamos fazer mais e melhor. Caso não seja possível, poderíamos criar mais coberturas pelas calçadas, que nos forneceriam mais sombras. Colocar, como no calçadão de Bangu, umidificadores pelas ruas. Exigir que todos os ônibus tenham refrigeração. Criar bebedores e banheiros públicos. Incentivar pesquisas científicas que lidem com o assunto. Para ficar nas ideias que me ocorreram apenas nos últimos cinco minutos. Não deve ser difícil pensar em outras, ainda mais eficientes. Imagino que nem mesmo os grandes apreciadores do calorão seriam contra essas iniciativas.
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