[Texto publicado na retrospectiva da "Revista de História"; para ler os demais, clique aqui]
As mais recentes edições dos Jogos Olímpicos geralmente são associadas ao legado ou à razão pelo qual foi escolhida tal e qual sede. Barcelona, em 1992, marcou o renascimento da cidade catalã. Atlanta, 1996, é a sede da Coca-Cola e da CNN. Sidney, 2000, colocava em evidência uma cidade pouco citada internacionalmente. Atenas, 2004, era uma homenagem à versão antiga da competição. Pequim, 2008, a confirmação da força chinesa. Mas e Londres 2012? O que vem à mente em primeiro lugar quando se lembra desses jogos? Qual foi o legado para a cidade, para o país, e para a história da competição?
Plural, Londres concentra algumas características dos jogos anteriores. É uma cidade que sabe renascer sempre. Vide as grandes catástrofes que já enfrentou ao longo de sua trajetória. É rica, sede de várias empresas internacionais famosas, um dos principais polos mundiais do capitalismo financeiro. A metrópole que mais recebeu os jogos na era moderna - com a edição de 2012, era a terceira oportunidade. E uma cidade que nunca perde sua força - e jamais sai de evidência. Então, como ela se destacaria? Como acrescentar algo a uma cidade que parece já ter tudo?
Para completar, a uma semana das competições, as previsões generalizadas eram catastróficas. Caos no meio de transportes. Problemas com a venda de ingressos. Receios de ataques terroristas. Disputas nacionalistas, já que era a primeira vez que ingleses, escoceses, norte-irlandeses e galeses competiam em esportes coletivos sob pela mesma bandeira, a Union Jack. Além disso, havia o aparente desinteresse generalizado da população, que motivou até uma propaganda da empresa aérea patrocinadora pedindo aos britânicos para não viajarem e apoiarem o Team GB, como a equipe britânica foi chamada. Tudo comportamento pessimista padrão do humor britânico. Os jogos foram um sucesso.
As previsões se mostraram infundadas, principalmente a última. Conhecidos pela fleugma, pela figura do lord, os britânicos desceram do salto e se fantasiaram juntos de azul, vermelho e branco, e empurraram o time para a terceira colocação do quadro geral de medalhas. Posição que eles não ocupavam havia muitas olimpíadas. Além das competições, houve uma celebração da cidade, que vibrou durante os 14 dias, sem, por isso, mexer no cotidiano daqueles que não puderam ou não quiseram acompanhar a competição. Claro que isso não foi acaso, mas fruto de muita organização prévia.
Liberdade de escolha, sem que alguém saia prejudicado. União de uma nação cada vez mais múltipla. Incremento na economia, de um país fortemente afetado pela crise econômica mundial. Acender os holofotes ainda mais fortes sobre esse aglomerado de pessoas. Mostrar que, mesmo que Londres não seja mais a maior do mundo, ela pode ser a melhor das maiores. Ficou uma baita responsabilidade para quem vai sediar as próximas Olimpíadas.
Plural, Londres concentra algumas características dos jogos anteriores. É uma cidade que sabe renascer sempre. Vide as grandes catástrofes que já enfrentou ao longo de sua trajetória. É rica, sede de várias empresas internacionais famosas, um dos principais polos mundiais do capitalismo financeiro. A metrópole que mais recebeu os jogos na era moderna - com a edição de 2012, era a terceira oportunidade. E uma cidade que nunca perde sua força - e jamais sai de evidência. Então, como ela se destacaria? Como acrescentar algo a uma cidade que parece já ter tudo?
Para completar, a uma semana das competições, as previsões generalizadas eram catastróficas. Caos no meio de transportes. Problemas com a venda de ingressos. Receios de ataques terroristas. Disputas nacionalistas, já que era a primeira vez que ingleses, escoceses, norte-irlandeses e galeses competiam em esportes coletivos sob pela mesma bandeira, a Union Jack. Além disso, havia o aparente desinteresse generalizado da população, que motivou até uma propaganda da empresa aérea patrocinadora pedindo aos britânicos para não viajarem e apoiarem o Team GB, como a equipe britânica foi chamada. Tudo comportamento pessimista padrão do humor britânico. Os jogos foram um sucesso.
As previsões se mostraram infundadas, principalmente a última. Conhecidos pela fleugma, pela figura do lord, os britânicos desceram do salto e se fantasiaram juntos de azul, vermelho e branco, e empurraram o time para a terceira colocação do quadro geral de medalhas. Posição que eles não ocupavam havia muitas olimpíadas. Além das competições, houve uma celebração da cidade, que vibrou durante os 14 dias, sem, por isso, mexer no cotidiano daqueles que não puderam ou não quiseram acompanhar a competição. Claro que isso não foi acaso, mas fruto de muita organização prévia.
Liberdade de escolha, sem que alguém saia prejudicado. União de uma nação cada vez mais múltipla. Incremento na economia, de um país fortemente afetado pela crise econômica mundial. Acender os holofotes ainda mais fortes sobre esse aglomerado de pessoas. Mostrar que, mesmo que Londres não seja mais a maior do mundo, ela pode ser a melhor das maiores. Ficou uma baita responsabilidade para quem vai sediar as próximas Olimpíadas.
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