Não, não é a versão em DB de "Só tinha de ser com você", da Fernanda Porto com o Patife, que lançou há cerca de uma década [!] o que um amigo chamou bem apropriadamente de "tuntitutização" da MPB.
É chegada a vez dos medalhões da música que um dia foi popular no Brasil de se embrenharem pelo barulhinhos, pelos ruídos, pela estranheza da eletrônica. O resultado é irregular, como sói acontecer quando artistas de diferentes grandezas optam por caminhos igualmente diversos na abordagem de elementos igualmente exóticos nas suas paradas. Separei alguns exemplos que me ocorreram.
Sejamos justos. Essa onda não é de agora. Chico Buarque já tinha no seu disco "Carioca" feito uma "Ode aos ratos", que, por sua vez, era ainda anterior, da trilha sonora do "Cambaio", aquela peça de 2001 [ui!] que o Chico fez as músicas junto com o Edu Lobo. É um rap, mas não muito tradicional - ainda bem. Como se ele tivesse misturado com outros elementos, principalmente do nosso repertório nordestino, como embolada. Eu, particularmente, acho que é a melhor música do século XXI de Chico.
Nunca fui fã-fã, mesmo, de Gal Costa, e havia passado batido desse novo CD dela, cujas músicas foram escritas todas pelo Caetano. De cara, essa música dá um estranhamento, mas é um estranhamento que chama para dentro da música, e faz você prestar mais atenção. A voz de Gal é plácida, flutua acima das estranhezas, das camadas da música, que é uma colagem de barulhinhos, sem uma instrumentalização óbvia.
Caetano Veloso, que desde o seu experimentalíssimo "Araçá azul" mexe com eletrônica, foi ao baile nesse "funk melódico". É um batidão, mas com uma intensidade diminuída. Como um Sany Pitbull pós-spa [a contradição é proposital]. Mas que cabe bem na proposta de Caetano, que apenas "veste" essa roupa, como ele faz com qualquer outro ritmo. Ele não se prende a nada, não se amarra em nada.
Por fim, chegamos ao rei. Roberto Carlos não poderia deixar passar a onda incólume, sem adentrar. Já tinha sinalizado com a participação do [qual era mesmo o nome dele?] MC Leozinho em um dos seus [nada] especiais de fim de ano. Agora, repete a dose com uma música autoral, que poderia ser cantada por Leozinho, Marcinho, ou Buchecha. Esse pessoal que, como Bob Charles, não incomoda ninguém.
É chegada a vez dos medalhões da música que um dia foi popular no Brasil de se embrenharem pelo barulhinhos, pelos ruídos, pela estranheza da eletrônica. O resultado é irregular, como sói acontecer quando artistas de diferentes grandezas optam por caminhos igualmente diversos na abordagem de elementos igualmente exóticos nas suas paradas. Separei alguns exemplos que me ocorreram.
Sejamos justos. Essa onda não é de agora. Chico Buarque já tinha no seu disco "Carioca" feito uma "Ode aos ratos", que, por sua vez, era ainda anterior, da trilha sonora do "Cambaio", aquela peça de 2001 [ui!] que o Chico fez as músicas junto com o Edu Lobo. É um rap, mas não muito tradicional - ainda bem. Como se ele tivesse misturado com outros elementos, principalmente do nosso repertório nordestino, como embolada. Eu, particularmente, acho que é a melhor música do século XXI de Chico.
Nunca fui fã-fã, mesmo, de Gal Costa, e havia passado batido desse novo CD dela, cujas músicas foram escritas todas pelo Caetano. De cara, essa música dá um estranhamento, mas é um estranhamento que chama para dentro da música, e faz você prestar mais atenção. A voz de Gal é plácida, flutua acima das estranhezas, das camadas da música, que é uma colagem de barulhinhos, sem uma instrumentalização óbvia.
Caetano Veloso, que desde o seu experimentalíssimo "Araçá azul" mexe com eletrônica, foi ao baile nesse "funk melódico". É um batidão, mas com uma intensidade diminuída. Como um Sany Pitbull pós-spa [a contradição é proposital]. Mas que cabe bem na proposta de Caetano, que apenas "veste" essa roupa, como ele faz com qualquer outro ritmo. Ele não se prende a nada, não se amarra em nada.
Por fim, chegamos ao rei. Roberto Carlos não poderia deixar passar a onda incólume, sem adentrar. Já tinha sinalizado com a participação do [qual era mesmo o nome dele?] MC Leozinho em um dos seus [nada] especiais de fim de ano. Agora, repete a dose com uma música autoral, que poderia ser cantada por Leozinho, Marcinho, ou Buchecha. Esse pessoal que, como Bob Charles, não incomoda ninguém.
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