A internet vai morrer. Ou melhor, acabar do jeito que nós a conhecemos. Hoje, navegar pela internet é quase um ritual. Seja ligando o computador, seja clicando no ícone do discador, seja mesmo sentando em um lugar específico da casa - estou desconsiderando a pequena parcela de pessoas que acessam de terminais remotos.
Mas é aí, exatamente, que mora a minha teoria. Não necessariamente nos terminais remotos - mas bastante neles -, porém na possibilidade de acessar a internet em qualquer eletrodoméstico, no futuro. O que eu escrevo neste exato momento é um clichê impressionante para os estudiosos do gênero. Mas, como tive o estalo, sozinho, num dia qualquer, resolvi registrar a idéia para melhor entendê-la.
Voltando. Imagine que poderemos acessar a web pela TV daqui a pouco. Para ser mais preciso, antes de sete anos. É o prazo para a instalação da TV digital no Brasil. No Japão já é realidade para 75% da população.
Isso fará com que ninguém mais entrará na internet para, sei lá, acessar o orkut. Se quiserem ver a página pessoal de alguém, eles pegarão o telefone e clicarão no link específico. Ou sacarão um palm, um blueberry, ou uma tela de cristal líquido com conexão wi-fi, ou qualquer coisa do gênero.
Os portais mudarão de cara. Ninguém mais vai querer saber na mesma página de CPI, Copa, Novela das oito se a sua única intenção é se informar sobre cinema. Os grandes sites serão personalizados.
Provavelmente não haverá material jornalístico produzido para a internet, porque tudo será a rede. Ou seja, a TV será a rede, o jornal, o rádio... Qualquer outro meio convergirá para a internet.
Aumentará o número de páginas pessoais e estas crescerão de importância - apesar de se diluírem pela web. A palavra escrita tende a escassear. Com a banda alargando, para que os internautas vão gastar tempo lendo se podem acessar o vídeo? Exemplo disso é o Youtube.
Aliás, o Youtube me faz raciocinar que ninguém mais vai precisar baixar qualquer arquivo da rede. Ela vai estar em algum lugar, basta encontrá-la e ver/ouvir/ler. Essa idéia eu já escutei de outra pessoa.
Enfim, poderia, eternamente, citar meus devaneios futurísticos. Mas teriam todos o mesmo raciocínio. A idéia é essa. Quem já tinha que compreender, já entendeu.
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