Já havia comentado anteriormente sobre o Gnarls Barkley, mas havia ouvido apenas uma ou outra música. Agora, completamente tomado pelo disco inteiro, cantarolando cada uma das melodias, TENHO que repetir.
Ao ouvir o CD, "St. Elsewhere" você fica com sentimentos ambíguos. Se por um lado é capaz de sair dançando nas ruas com "Crazy", "The Last time" e, a minha preferida, "Smiley Faces", por outro fica com raiva das rádios que só tocam jabás. Soube que "Crazy", pelo menos, toca em algumas estações. Ou seja, Gnarls Barkley é um lançamento parrudo. Mas, isso poderia ser estendido a outros grupos parecidos... Enfim, não choremos pelas desgraças do mundo, falemos de coisas mais amenas.
O duo (o raper de timbre encorpado e métrica diferenciada, Cee-lo, e o produtor de gente parruda como o Gorilaz, Danger Mouse) é classificado em várias oportunidades como hip-hop, mas a definição apenas pode ser utilizada se você encarar o todo, sem entrar nas particularidades. E que partes.
Talvez só "St. Elsewhere", a música, "Feng Shui" e "Necromancer" possam ser encaradas realmente como um rap, daqueles tradicionais. "Gone Daddy Gone" é quase um rock anos 1980. A própria "Crazy" parece saída do primeiro disco do Moby, lotada de soul e teclados. "Boogie Monster" tem uma levada sombria, mas sem perder o humor jamais. "Who Cares" parece um ska-reggae do Sublime; "Storming Coming" devolve a tradição do miami bass para os anglo-saxões (ok, forcei um pouco a barra). Isso só para ficar em exemplos genéricos.
O certo é que, como ouvi por aí, Gnarls Barkley é o irmão gêmeo do Outkast nessa segunda metade da primeira década de 2000. A melhor música pop que há no momento.
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