Se o Kazan (ver post abaixo) é um moralista, John Ford é amoral. Em "No tempo das diligências", ele coloca na mesma carruagem um médico bêbado, uma prostituta, um foragido da justiça (John Wayne), um viciado em jogo, um banqueiro picareta, um quase pastor e a mulher de um soldado, sendo que os três primeiros são os protagonistas da história. Ford sempre retrata os negros e mexicanos em posições subalternas (ou seja, realistas para a época), mas com caráter irrepreensível. E sempre mata índios.
Isso me lembra aquela música do Bruce Dickinson, no "Balls do Picasso": "where's John Wayne / where's your sacred cowboy now / there's no indians on the hills / there's no indians more to kill".
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