segunda-feira, 10 de julho de 2006

Finalistas

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A Copa de 2006 me lembrou - e muito - a de 1990. Disse isso em voz alta anteontem e ninguém concordou comigo. Mas ainda acho que é isso mesmo. Média de gols ridícula, Alemanha vencendo na Itália, Itália vencendo na Alemanha. Times europeus mandando. Zagueiros e volantes como os craques do campeonato. Um ídolo em decadência, mas dando um caldo (Maradona lá, Zidane cá). Brasil fazendo muito feio. Enfim, similaridades.

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A final foi irônica. O pênalti - que não existiu - cobrado por Zidane na trave superior bateu no chão, dentro do gol. O pênalti perdido por Trezeguet bateu na trave superior e no chão, fora do gol. A penalidade para a França foi cometida pelo zagueiro Materazzi, o autor do gol de cabeça da Itália. Trezeguet é argentino de nascença - a nacionalidade do trio de arbitragem. E de Camaronesi, da Itália. A França precionou do início do segundo tempo ao fim da prorrogação. A Itália nunca havia ganho uma disputa de pênaltis na história das Copas. Zidane, autor de dois gols de cabeça na final de 1998 contra o Brasil, a usou para outro fim. Materazzi, aliás, foi quem recebeu a cabeçada não-futebolística. Enfim, ironias.

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Zidane é um craque. O melhor que passou pelos campos alemães. Mas, é inegável que ele é, digamos, cabeça-quente. Jogou a primeira partida e tomou um cartão-amarelo. Jogou a segunda e tomou o segundo, foi suspenso do terceiro jogo. Voltou no quarto, recebeu outro cartão-amarelo. Só não recebeu outro no quinto porque o jogo foi contra o Brasil. Aliás, a França só foi vice-campeã porque pegou a baba Brasil para empolgar.

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Nota mental para o próximo mundial: nunca aposte em zebras na Europa (na África, talvez). Principalmente quando a sua aposta é na eliminação na primeira fase da Itália.

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Curiosidade: 13 dos 23 jogadores da Itália podem disputar a segunda e a terceira divisão do campeonato italiano.

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Questões: Totti jogou ontem? Ribery tem só 22 anos? Ricardo tinha que frangar? Felipão volta?

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