O jornalista, muitas vezes, nos esquecemos da responsabilidade que temos com o nosso trabalho. Se uma pessoa qualquer pede para não aparecer num texto, não quer publicidade, não adianta você escrever sem nomeá-la ou nem mesmo localizá-la. Ela tem o direito de não aparecer, não virar personagem, nem ter a sua história sendo contada, mesmo anonimamente. Tem o direito de se manter longe dos holofotes, ainda mais se o caso envolve sua própria segurança.
O jornalista, às vezes, pensamos que a história é tão boa que merece ser contada, independentemente das suas consequências, num exercício vergonhoso de prepotência. Às vezes, achamos que controlamos esses resultados, o ambiente em que essa informação pode se propagar, como se tivéssemos um dom semidivino. Na verdade, somos uma pecinha mínima e completamente substituível na grande engrenagem de alimentação das notícias.
O jornalismo em si não deveria ser nada, nadinha, além de mostrar a história. O jornalista pode e deve existir, se incluir no relato, dar a sua opinião, mostrar toda a sua habilidade ao trabalhar o texto, como se fosse um artesão das palavras. Mas ele não pode nem deve ser mais importante que a notícia. Sem a notícia, sem o fato, sem a história, o jornalista não existe. Ele pode dourar a pílula, pode fazer diversos salamaleques, mas sem o que falar, vai se repetir, tornar ao mesmo lugar.
Às vezes, abordar determinado assunto envolve riscos, de perder o emprego, de segurança. E não adianta argumentar que é um caso público: se envolve perigo, o jornalismo vem em segundo lugar. O jornalismo é uma ferramenta importantíssima nos regimes democráticos. Mas não é indispensável. Não chega a ser um luxo, mas é algo que não faria falta num primeiro momento pós-apocalipse.
O jornalista, às vezes, pensamos que a história é tão boa que merece ser contada, independentemente das suas consequências, num exercício vergonhoso de prepotência. Às vezes, achamos que controlamos esses resultados, o ambiente em que essa informação pode se propagar, como se tivéssemos um dom semidivino. Na verdade, somos uma pecinha mínima e completamente substituível na grande engrenagem de alimentação das notícias.
O jornalismo em si não deveria ser nada, nadinha, além de mostrar a história. O jornalista pode e deve existir, se incluir no relato, dar a sua opinião, mostrar toda a sua habilidade ao trabalhar o texto, como se fosse um artesão das palavras. Mas ele não pode nem deve ser mais importante que a notícia. Sem a notícia, sem o fato, sem a história, o jornalista não existe. Ele pode dourar a pílula, pode fazer diversos salamaleques, mas sem o que falar, vai se repetir, tornar ao mesmo lugar.
Às vezes, abordar determinado assunto envolve riscos, de perder o emprego, de segurança. E não adianta argumentar que é um caso público: se envolve perigo, o jornalismo vem em segundo lugar. O jornalismo é uma ferramenta importantíssima nos regimes democráticos. Mas não é indispensável. Não chega a ser um luxo, mas é algo que não faria falta num primeiro momento pós-apocalipse.
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