A ansiedade de Thirlwell, percebemos então, vai além de sua declarada ignorância da geografia, do idioma e da cultura que pariram “Animais”. Trata-se da insegurança do crítico que se vê na obrigação de julgar uma obra de arte baseado exclusivamente no próprio faro, sem o conforto dos juízos protocolados por autoridades incontestáveis no cartório do mundo.Excelente sacada do Sérgio Rodrigues demonstrando como a literatura brasileira é completamente ignorada pelos leitores onde o mercado editorial é realmente pujante, como o de língua inglesa, por exemplo. Mas, talvez, melhor ainda é demonstrar como se comporta o ser humano - seja ele escritor renomado ou qualquer reles mortal - sem um parâmetro claro para poder guiar as suas escolhas. Em outras palavras, tendo que tomar uma decisão e sendo corajoso o suficiente para seguir em frente com ela.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
O próprio faro
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