A escritora Ana Maria Machado é uma das vozes mais sensatas entre os intelectuais de renome que eu já entrevistei. Talvez porque trabalhou muito com a literatura infantil, onde se precisa ser bastante claro, não tenha o esnobismo muito comum entre grandes baluartes do pensamento no Brasil, principalmente o pessoal da universidade [cometi uma gafe quando, na conversa com ela, usei o jargão para chamar os professores e pesquisadores universitários de "academia"!]. Ela não. E não é porque ela teria ficado só na produção infantil. Seu mais recente livro é o "vencedor moral" do último jabuti, por exemplo.
Em um artigo no jornal "O Globo" há dois dias [não achei o link], ela pede uma segurança para os criadores, para os produtores, para poderem continuar a criar / produzir. Pede para manter - de alguma forma - os valores ganhos via direito autoral. Diferentemente do que se falou até hoje por outras cabeças pensantes - principalmente o pessoal da música - ela sugere algo muito mais inteligente: que os provedores arquem com essa conta.
Para mim, é a sugestão mais interessante de todas as que eu já ouvi. Não é exatamente nova, porque já tinha ouvido essa proposta há tempos, mas trata a cultura como bem que deve circular e estar ao acesso de todo mundo. Até sou bem mais radical nessa questão, mas essa sugestão é a que melhor se aproxima do meu extremo.
E os provedores poderiam, afinal, fazer algo de útil, já que nem a banda que eles prometem na hora da venda, eles entregam.
Em um artigo no jornal "O Globo" há dois dias [não achei o link], ela pede uma segurança para os criadores, para os produtores, para poderem continuar a criar / produzir. Pede para manter - de alguma forma - os valores ganhos via direito autoral. Diferentemente do que se falou até hoje por outras cabeças pensantes - principalmente o pessoal da música - ela sugere algo muito mais inteligente: que os provedores arquem com essa conta.
Para mim, é a sugestão mais interessante de todas as que eu já ouvi. Não é exatamente nova, porque já tinha ouvido essa proposta há tempos, mas trata a cultura como bem que deve circular e estar ao acesso de todo mundo. Até sou bem mais radical nessa questão, mas essa sugestão é a que melhor se aproxima do meu extremo.
E os provedores poderiam, afinal, fazer algo de útil, já que nem a banda que eles prometem na hora da venda, eles entregam.
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